Palavras-chave: Excepcional, bem-dotado, Associação Milton Campos para Assistência à Vocação dos bem-dotados – ADAV Área de atuação: Psicologia Nascimento: São Petersburgo/Rússia, 1919 Falecimento: Belo Horizonte/Brasil, 2005.
Nascido em 1919, Daniel Antipoff imigrou para o Brasil em 1938. Em 1939 foi aprovado na seleção para o curso superior de agronomia da Escola Superior de Agricultura e Veterinária – ESAV na cidade de Viçosa (atual Universidade Federal de Viçosa – UFV). Em 1943 iniciou curso de graduação em Filosofia na Universidade de Minas Gerais. Em 1956 frequentou o curso de psicologia experimental ministrado por André Rey no Instituto Superior de Educação Rural – ISER. Em 1956 tornou-se o primeiro secretário geral da recém-criada Sociedade Mineira de Psicologia. Em 1970 cursou pós-graduação em Educação de crianças excepcionais na Universidade do Colorado. Obteve do Conselho Regional de Psicologia – 4ª. Região, o registro de psicólogo número 175. Após a conclusão de seu curso de agronomia em 1944, Daniel Antipoff foi convidado para organizar uma escola agrícola em Guaratinga (futura Patos de Minas). Casou-se em 10 de julho de 1944 com Ottília Lisboa Braga, educadora que posteriormente publicaria, sob incentivo de sua sogra Helena Antipoff, dois livros sobre a psicologia do excepcional. Tendo atuado como professor em diversos momentos de sua vida, especialmente como professor de francês até os anos de 1950, em 1951 Daniel Antipoff foi convidado para trabalhar no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – CENAC, onde atuou até 1972. Também em 1951 participou do Serviço de Orientação e Seleção Profissional – SOSP, do Instituto de Educação (atualmente Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG), ocasião em que, por não ser brasileiro, não conseguiu um comissionamento para o cargo, recebendo um contrato especial. Entre os anos de 1950 e 1960 Daniel Antipoff se dedicou a várias atividades relacionadas a avaliação psicológica, com destacada atuação nos exames psicotécnicos, em especial para o Departamento de Trânsito – DETRAN e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA, tendo sido convidado por Francisco Lopes para auxiliar nas atividades do SENAI para “detectar” possíveis bem-dotados. Após breve passagem pelo Rio de Janeiro, em 1972, como assistente técnico no setor de Educação do Superdotado do Centro Nacional de Educação Especial – CENESP, voltou a Minas Gerais para coordenar curso de formação de educadores de bem-dotados da Associação Milton Campos para Assistência à Vocação dos bem- dotados – ADAV, instituição que tinha por objetivo identificar o bem-dotado, estudar os fatores hereditários da superdotação, estudar seu meio familiar, social e escolar, proporcionando-lhes ambientes sadios, sugestivos à manifestação de sua personalidade, de seus anseios, suas angústias, bem como condições adequadas ao desenvolvimento de sua vocação, além de estudar a problemática do bem- dotado por meio da pesquisa científica, abrangendo o campo genético, mesológico e psicopedagógico. Na ADAV os bem-dotados eram recebidos para períodos de 15 dias durante suas férias escolares. Nos anos de 1977 e 1983 foram realizadas duas pesquisas na ADAV junto aos bem-dotados, as quais investigaram: o nível de escolaridade dos participantes dos encontros de férias, sua saúde, seus interesses frente a jornais e TV, aspectos da liderança e as profissões dos pais. Daniel Antipoff propôs que apreciação da personalidade do indivíduo suspeito de ser bem-dotado ocorresse através da “experimentação natural” de Lazursky na qual eram avaliados os seguintes planos: intelectual, físico, estético, moral, social, volitivo e afetivo. Seu trabalho com os bem-dotados buscava auxiliar pais e educadores a identificar, a diagnosticar, os bem-dotados, assim como encontrar maneiras de atendê-los através de programas de aceleração do ensino (com a entrada prematura na alfabetização ou ao “pular um ano”), do enriquecimento cultural, das atividades em grupo e da adaptação dos ambientes escolares as necessidades dos bem-dotados, evitando sua segregação e o desperdício de seus talentos. Em 1978 Daniel Antipoff, juntamente com sua esposa Otíllia, fundou a escola Educ, no município de Nova Lima – MG. Um dos objetivos pedagógicos da escola Educ estava o atendimento a crianças bem-dotadas, sendo oferecidas estratégias educacionais diferenciadas, focadas nos talentos e habilidades apresentados pelas crianças. A Escola Educ encerrou seu funcionamento em dezembro de 2007. Em 1985 Daniel Antipoff recebeu da ABSD – Associação Brasileira de Superdotados a incumbência de organizar, em Belo Horizonte, o VI Seminário Nacional dos Superdotados. Posteriormente tornou-se coordenador da seccional de Minas Gerais da ABSD. Fundou em 1992 o Centro de Documentação e Pesquisa Helena Antipoff – CDPHA, sendo seu presidente pelos dez anos subsequentes, promovendo o Encontro Anual Helena Antipoff e escrevendo o editorial para os 10 primeiros boletins do CDPHA.
Publicações do autor:
ANTIPOFF, Daniel. Helena Antipoff: sua vida, sua obra. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1975. 199p.
ANTIPOFF, Daniel. Entre dois continentes. Belo Horizonte: Lastro, 1997. 206 p
ANTIPOFF, Daniel. Excepcionais e talentosos – os escolhidos. Belo Horizonte: Lastro, 1999a. 161p.
ANTIPOFF, Daniel. Jogos e Lazeres, indicadores da personalidade. Belo Horizonte: Lastro, 1999b. 165 p. ANTIPOFF, Daniel. Helena Antipoff: Sua vida, sua obra. Belo Horizonte: Itatiaia Ilimitada, 1996. 198p.
Referências:
ANTIPOFF, Cecília. Uma proposta original na educação de bem-dotados: ADAV – Associação Milton Campos para Desenvolvimento e Assistência de Vocações de bem- dotados em sua primeira década de funcionamento: 1973-1983. 2010. 214 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2010.
ANTIPOFF, Cecília. A escola Educ – Centro de Educação Criadora: uma proposta pedagógica humanista e ecológica no contexto das transformações da educação contemporânea. 2017. 299 f. Tese (Doutorado em Educação). Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2017.
ANTIPOFF, Daniel. O Aspecto da liderança entre os bem-dotados. In: Associação Milton Campos para Desenvolvimento e Assistência de Vocações de bem-dotados – ADAV. Dez anos em prol do Bem-Dotado. Brasília: MEC; Belo Horizonte: ADAV, Imprensa Oficial, 1984.
CAMPOS, Regina Helena de Freitas (org). Dicionário biográfico da psicologia no Brasil. Rio de Janeiro: Imago; Brasília: CFP, 2001. 464 p.
JACÓ-VILELA, Ana Maria (Org.) (2011). Dicionário Histórico de instituições de psicologia no Brasil. Rio de Janeiro: Imago; Brasília: CFP, 2011, p.548
AUTOR:
Sérgio Domingues Centro Universitário de Viçosa – UNIVIÇOSA
Daniel Iretzky Antipoff
Palavras-chave: Excepcional, bem-dotado, Associação Milton Campos para Assistência à Vocação dos bem-dotados – ADAV
Área de atuação: Psicologia
Nascimento: São Petersburgo/Rússia, 1919
Falecimento: Belo Horizonte/Brasil, 2005.
Nascido em 1919, Daniel Antipoff imigrou para o Brasil em 1938. Em 1939 foi aprovado na seleção para o curso superior de agronomia da Escola Superior de Agricultura e Veterinária – ESAV na cidade de Viçosa (atual Universidade Federal de Viçosa – UFV). Em 1943 iniciou curso de graduação em Filosofia na Universidade de Minas Gerais. Em 1956 frequentou o curso de psicologia experimental ministrado por André Rey no Instituto Superior de Educação Rural – ISER. Em 1956 tornou-se o primeiro secretário geral da recém-criada Sociedade Mineira de Psicologia. Em 1970 cursou pós-graduação em Educação de crianças excepcionais na Universidade do Colorado. Obteve do Conselho Regional de Psicologia – 4ª. Região, o registro de psicólogo número 175. Após a conclusão de seu curso de agronomia em 1944, Daniel Antipoff foi convidado para organizar uma escola agrícola em Guaratinga (futura Patos de Minas). Casou-se em 10 de julho de 1944 com Ottília Lisboa Braga, educadora que posteriormente publicaria, sob incentivo de sua sogra Helena Antipoff, dois livros sobre a psicologia do excepcional. Tendo atuado como professor em diversos momentos de sua vida, especialmente como professor de francês até os anos de 1950, em 1951 Daniel Antipoff foi convidado para trabalhar no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – CENAC, onde atuou até 1972. Também em 1951 participou do Serviço de Orientação e Seleção Profissional – SOSP, do Instituto de Educação (atualmente Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG), ocasião em que, por não ser brasileiro, não conseguiu um comissionamento para o cargo, recebendo um contrato especial. Entre os anos de 1950 e 1960 Daniel Antipoff se dedicou a várias atividades relacionadas a avaliação psicológica, com destacada atuação nos exames psicotécnicos, em especial para o Departamento de Trânsito – DETRAN e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA, tendo sido convidado por Francisco Lopes para auxiliar nas atividades do SENAI para “detectar” possíveis bem-dotados. Após breve passagem pelo Rio de Janeiro, em 1972, como assistente técnico no setor de Educação do Superdotado do Centro Nacional de Educação Especial – CENESP, voltou a Minas Gerais para coordenar curso de formação de educadores de bem-dotados da Associação Milton Campos para Assistência à Vocação dos bem- dotados – ADAV, instituição que tinha por objetivo identificar o bem-dotado, estudar os fatores hereditários da superdotação, estudar seu meio familiar, social e escolar, proporcionando-lhes ambientes sadios, sugestivos à manifestação de sua personalidade, de seus anseios, suas angústias, bem como condições adequadas ao desenvolvimento de sua vocação, além de estudar a problemática do bem- dotado por meio da pesquisa científica, abrangendo o campo genético, mesológico e psicopedagógico. Na ADAV os bem-dotados eram recebidos para períodos de 15 dias durante suas férias escolares. Nos anos de 1977 e 1983 foram realizadas duas pesquisas na ADAV junto aos bem-dotados, as quais investigaram: o nível de escolaridade dos participantes dos encontros de férias, sua saúde, seus interesses frente a jornais e TV, aspectos da liderança e as profissões dos pais. Daniel Antipoff propôs que apreciação da personalidade do indivíduo suspeito de ser bem-dotado ocorresse através da “experimentação natural” de Lazursky na qual eram avaliados os seguintes planos: intelectual, físico, estético, moral, social, volitivo e afetivo. Seu trabalho com os bem-dotados buscava auxiliar pais e educadores a identificar, a diagnosticar, os bem-dotados, assim como encontrar maneiras de atendê-los através de programas de aceleração do ensino (com a entrada prematura na alfabetização ou ao “pular um ano”), do enriquecimento cultural, das atividades em grupo e da adaptação dos ambientes escolares as necessidades dos bem-dotados, evitando sua segregação e o desperdício de seus talentos. Em 1978 Daniel Antipoff, juntamente com sua esposa Otíllia, fundou a escola Educ, no município de Nova Lima – MG. Um dos objetivos pedagógicos da escola Educ estava o atendimento a crianças bem-dotadas, sendo oferecidas estratégias educacionais diferenciadas, focadas nos talentos e habilidades apresentados pelas crianças. A Escola Educ encerrou seu funcionamento em dezembro de 2007. Em 1985 Daniel Antipoff recebeu da ABSD – Associação Brasileira de Superdotados a incumbência de organizar, em Belo Horizonte, o VI Seminário Nacional dos Superdotados. Posteriormente tornou-se coordenador da seccional de Minas Gerais da ABSD. Fundou em 1992 o Centro de Documentação e Pesquisa Helena Antipoff – CDPHA, sendo seu presidente pelos dez anos subsequentes, promovendo o Encontro Anual Helena Antipoff e escrevendo o editorial para os 10 primeiros boletins do CDPHA.
Publicações do autor:
ANTIPOFF, Daniel. Helena Antipoff: sua vida, sua obra. Rio de Janeiro: Livraria José
Olympio Editora, 1975. 199p.
ANTIPOFF, Daniel. Entre dois continentes. Belo Horizonte: Lastro, 1997. 206 p
ANTIPOFF, Daniel. Excepcionais e talentosos – os escolhidos. Belo Horizonte: Lastro,
1999a. 161p.
ANTIPOFF, Daniel. Jogos e Lazeres, indicadores da personalidade. Belo Horizonte:
Lastro, 1999b. 165 p. ANTIPOFF, Daniel. Helena Antipoff: Sua vida, sua obra. Belo
Horizonte: Itatiaia Ilimitada, 1996. 198p.
Referências:
ANTIPOFF, Cecília. Uma proposta original na educação de bem-dotados: ADAV –
Associação Milton Campos para Desenvolvimento e Assistência de Vocações de bem-
dotados em sua primeira década de funcionamento: 1973-1983. 2010. 214 f. Dissertação
(Mestrado em Educação). Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas
Gerais. Belo Horizonte, 2010.
ANTIPOFF, Cecília. A escola Educ – Centro de Educação Criadora: uma proposta
pedagógica humanista e ecológica no contexto das transformações da educação
contemporânea. 2017. 299 f. Tese (Doutorado em Educação). Faculdade de Educação
da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2017.
ANTIPOFF, Daniel. O Aspecto da liderança entre os bem-dotados. In: Associação
Milton Campos para Desenvolvimento e Assistência de Vocações de bem-dotados –
ADAV. Dez anos em prol do Bem-Dotado. Brasília: MEC; Belo Horizonte: ADAV,
Imprensa Oficial, 1984.
CAMPOS, Regina Helena de Freitas (org). Dicionário biográfico da psicologia no
Brasil. Rio de Janeiro: Imago; Brasília: CFP, 2001. 464 p.
JACÓ-VILELA, Ana Maria (Org.) (2011). Dicionário Histórico de instituições de
psicologia no Brasil. Rio de Janeiro: Imago; Brasília: CFP, 2011, p.548
AUTOR:
Sérgio Domingues
Centro Universitário de Viçosa – UNIVIÇOSA