Sarah Couto César era licenciada em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia Sedes Sapientiae, da Universidade Católica de São Paulo; Psicóloga pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e mestre em educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1978, com o trabalho intitulado “Integração de educandos portadores de deficiências mentais, físicas, de visão e de audição, no sistema regular de ensino de 1º grau do município do Rio de Janeiro”. Sarah Couto participou de formações fora do Brasil, como: bolsista da Unesco (Centro Internacional da Infância da Unesco) no Curso sobre Desenvolvimento e Comportamento da Criança e do Adolescente, em Paris – 1961; b. Estágio de Observação no Instituto Pedagógico de Sèvres – França – 1961; c. Estágio de Observação no Instituto Jean Jacques Rousseau – Genéve / Suíça – 1961; d. Estágios de Observação nos Centros Ocupacionais e Escolas Especiais, Dinamarca – 1963; e. Estágios de Observação em Escolas Especiais da Bélgica e da Holanda – 1964; f. Curso no Serviço de Neuropsiquiatria Infantil no Hospital da Salpetrière e Instituto Nacional de Cegos – Paris – 1967 (Governo francês: Association des Stagiaires Techniques en France); g. Estágios de Observação em Escolas Especiais e Centros Ocupacionais do Canadá – 1972; h. Estágio de Observação em Universidades e Serviços de Educação Especial nos Estados Unidos da América, como convidada do Departamento do Estado Americano – 1975. A carreira profissional, na área da Educação Especial, foi iniciada no ano de 1958, com ingresso como estagiária do Consultório Médico-Psico-Pedagógico da Sociedade Pestalozzi do Brasil, Rio de Janeiro, e atuou como psicóloga até 1980. Exerceu os cargos de diretora e presidente de honra. Trabalhou diretamente com Helena Antipoff, Olívia da Silva Pereira e Dorina Gouvêa Nowill, nomes de suma importância para a história da Educação Especial brasileira. Dona Sarah dedicou a maior parte de sua vida profissional para a Federação Pestalozzi, da qual foi uma das fundadoras, Vice-Presidente e até a sua morte Presidente do Conselho de Honra. Exerceu cargos importantes também em instituições públicas diretamente ligadas com a Educação Especial ao longo de toda a vida. No Instituto Benjamin Constant foi Encarregada do Setor de Psicologia (1962 a 1964), Chefe da Seção de Serviço Geral (1964 a 1965), Chefe do Setor de Orientação Educacional (1967) e integrou o quadro de estagiários do Serviço de Promoção da Cooperação Técnica, em Paris, na função de Técnica da Educação do Ministério da Educação e Cultura (1967). Foi Gerente do Grupo Tarefa de Educação Especial, instituído no Ministério da Educação e Cultura (MEC), para propor o estabelecimento de uma política nacional em relação aos “excepcionais” – 1971; Gerente do Grupo Tarefa de Educação Especial, estabelecido pelo MEC, para apresentar alternativas para criação de um órgão nacional de Educação Especial – 1972; Membro do Grupo Tarefa do Projeto Prioritário nº 35, da Secretaria Geral do MEC e INEP – 1972; Gerente do Grupo Tarefa de Implantação do Centro Nacional de Educação Especial – 1973. E exerceu cargo de chefia como diretora-executiva da Campanha Nacional de Educação e Reabilitação de Deficientes Mentais (1970 a 1973) e de primeira diretora-geral do Centro Nacional de Educação Especial CENESP) de 1973 a 1979. Como professora, ministrou Psicologia Evolutiva nos Cursos de Orientação Psicopedagógica da Sociedade Pestalozzi do Brasil – 1964 a 1966. No curso de Educação Especial da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, lecionou as disciplinas “Diagnóstico Psicológico e Avaliação do Deficiente Mental”, “Problemas Especiais de Aprendizagem do Deficiente Mental” e “Prática de Ensino com Estágio Supervisionado” – abril de 1975 a dezembro de 1976; “Desenvolvimento biopsicossocial, do Deficiente Físico”, Métodos, Técnicas e Recursos Especiais para o Ensino do Deficiente Físico” – agosto de 1976 a dezembro de 1978; “Introdução à Educação Especial” e “Serviços de Educação Especial para o Deficiente Mental” – agosto de 1978 a dezembro de 1980. Na Universidade Católica de Petrópolis foi docente nos Cursos de Especialização em Problemas de Conduta – 1977 e 1978. Atuou como Técnica em Assuntos Educacionais do Ministério da Educação e Cultura, lotada na Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e foi membro da Comissão encarregada de proceder estudos para a implantação da Habilitação em Educação Especial na Faculdade de Educação da UFRJ, criada pela Portaria nº 10 de 28/05/1981. Sarah foi condecorada com a Ordem Nacional do Mérito Educativo, em 1973, por ter se distinguido pelos “excepcionais serviços prestados à Educação”. No ano de 2000, recebeu o Prêmio Direitos Humanos, categoria “Garantia dos Direitos das Pessoas com Deficiência”. Este Prêmio foi criado em 1995, concedido pelo governo federal, por meio da Secretaria de Direitos Humanos, a pessoas e organizações cujos trabalhos em prol dos Direitos Humanos fossem merecedores de reconhecimento e destaque por toda sociedade. O Prêmio Brasil Mais Inclusão, ofertado pela Câmara dos Deputados do Congresso Nacional Brasileiro, na categoria “Mérito Darci Ribeiro”, foi concedido a Sarah Couto em 2019. Esta premiação é uma homenagem anual a quem “tenha realizado ações em prol da inclusão de pessoas com deficiência ou sejam, elas próprias, exemplos de vida e superação”.
Publicações da autora:
CESAR, S. C. A situação atual da Deficiência Mental no Brasil. In: Revista Brasileira de Deficiência Mental, volume 8, nº 2, junho, 1972, pp. 41-47.
. Integração de educandos portadores de deficiências mentais, físicas, de visão e de audição, no sistema regular de ensino de 1º grau no município do Rio de Janeiro. 1978. 80p. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1978.
. DA CADEME ao CENESP – 13 anos de conquistas na Educação Especial no Brasil. In: Anais do I Congresso Brasileiro sobre a Experiência Antipoffiana na Educação. Belo Horizonte: Centro de Documentação e Pesquisa Helena Antipoff – CPDHA, 1992, pp. 46-47.
. Políticas Públicas. In: III Encontro Nacional do ConBraSD em 2008, 2008. Disponível em https://conbrasd.org/homenagem-sarahcouto.php. Acesso em 05 jul. 2021.
Referências:
BATISTA, Getsemane de Freitas. O Centro Nacional de Educação Especial e o atendimento aos “excepcionais”: antecedentes, atores e ações institucionais (1950-1979). 2019. 227f. Mestrado (Educação) –Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, 2019.
BRASIL. Relatório. Atividades desenvolvidas pelo Grupo Tarefa Educação Especial. Brasília: Ministério da Educação e Cultura, 1972.
_. Relatório de Atividades. Grupo-Tarefa Implantação do CENESP. Brasília: Ministério da Educação e Cultura, Secretaria Geral, Centro Nacional de Educação Especial, 1974.
PIRES, N. Educação Especial em foco. Rio de Janeiro: Centro Nacional de Pesquisas Educacionais, 1974, 162p.
AUTORES:
Márcia Denise Pletsch Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Getsemane de Freitas Batista Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Leila Lopes de Avila Universidade do Grande Rio Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sheila Venancia da Silva Vieira Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sarah Couto César
Sarah Couto César era licenciada em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia Sedes Sapientiae, da Universidade Católica de São Paulo; Psicóloga pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e mestre em educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1978, com o trabalho intitulado “Integração de educandos portadores de deficiências mentais, físicas, de visão e de audição, no sistema regular de ensino de 1º grau do município do Rio de Janeiro”. Sarah Couto participou de formações fora do Brasil, como: bolsista da Unesco (Centro Internacional da Infância da Unesco) no Curso sobre Desenvolvimento e Comportamento da Criança e do Adolescente, em Paris – 1961; b. Estágio de Observação no Instituto Pedagógico de Sèvres – França – 1961; c. Estágio de Observação no Instituto Jean Jacques Rousseau – Genéve / Suíça – 1961; d. Estágios de Observação nos Centros Ocupacionais e Escolas Especiais, Dinamarca – 1963; e. Estágios de Observação em Escolas Especiais da Bélgica e da Holanda – 1964; f. Curso no Serviço de Neuropsiquiatria Infantil no Hospital da Salpetrière e Instituto Nacional de Cegos – Paris – 1967 (Governo francês: Association des Stagiaires Techniques en France); g. Estágios de Observação em Escolas Especiais e Centros Ocupacionais do Canadá – 1972; h. Estágio de Observação em Universidades e Serviços de Educação Especial nos Estados Unidos da América, como convidada do Departamento do Estado Americano – 1975. A carreira profissional, na área da Educação Especial, foi iniciada no ano de 1958, com ingresso como estagiária do Consultório Médico-Psico-Pedagógico da Sociedade Pestalozzi do Brasil, Rio de Janeiro, e atuou como psicóloga até 1980. Exerceu os cargos de diretora e presidente de honra. Trabalhou diretamente com Helena Antipoff, Olívia da Silva Pereira e Dorina Gouvêa Nowill, nomes de suma importância para a história da Educação Especial brasileira. Dona Sarah dedicou a maior parte de sua vida profissional para a Federação Pestalozzi, da qual foi uma das fundadoras, Vice-Presidente e até a sua morte Presidente do Conselho de Honra. Exerceu cargos importantes também em instituições públicas diretamente ligadas com a Educação Especial ao longo de toda a vida. No Instituto Benjamin Constant foi Encarregada do Setor de Psicologia (1962 a 1964), Chefe da Seção de Serviço Geral (1964 a 1965), Chefe do Setor de Orientação Educacional (1967) e integrou o quadro de estagiários do Serviço de Promoção da Cooperação Técnica, em Paris, na função de Técnica da Educação do Ministério da Educação e Cultura (1967). Foi Gerente do Grupo Tarefa de Educação Especial, instituído no Ministério da Educação e Cultura (MEC), para propor o estabelecimento de uma política nacional em relação aos “excepcionais” – 1971; Gerente do Grupo Tarefa de Educação Especial, estabelecido pelo MEC, para apresentar alternativas para criação de um órgão nacional de Educação Especial – 1972; Membro do Grupo Tarefa do Projeto Prioritário nº 35, da Secretaria Geral do MEC e INEP – 1972; Gerente do Grupo Tarefa de Implantação do Centro Nacional de Educação Especial – 1973. E exerceu cargo de chefia como diretora-executiva da Campanha Nacional de Educação e Reabilitação de Deficientes Mentais (1970 a 1973) e de primeira diretora-geral do Centro Nacional de Educação Especial CENESP) de 1973 a 1979. Como professora, ministrou Psicologia Evolutiva nos Cursos de Orientação Psicopedagógica da Sociedade Pestalozzi do Brasil – 1964 a 1966. No curso de Educação Especial da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, lecionou as disciplinas “Diagnóstico Psicológico e Avaliação do Deficiente Mental”, “Problemas Especiais de Aprendizagem do Deficiente Mental” e “Prática de Ensino com Estágio Supervisionado” – abril de 1975 a dezembro de 1976; “Desenvolvimento biopsicossocial, do Deficiente Físico”, Métodos, Técnicas e Recursos Especiais para o Ensino do Deficiente Físico” – agosto de 1976 a dezembro de 1978; “Introdução à Educação Especial” e “Serviços de Educação Especial para o Deficiente Mental” – agosto de 1978 a dezembro de 1980. Na Universidade Católica de Petrópolis foi docente nos Cursos de Especialização em Problemas de Conduta – 1977 e 1978. Atuou como Técnica em Assuntos Educacionais do Ministério da Educação e Cultura, lotada na Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e foi membro da Comissão encarregada de proceder estudos para a implantação da Habilitação em Educação Especial na Faculdade de Educação da UFRJ, criada pela Portaria nº 10 de 28/05/1981. Sarah foi condecorada com a Ordem Nacional do Mérito Educativo, em 1973, por ter se distinguido pelos “excepcionais serviços prestados à Educação”. No ano de 2000, recebeu o Prêmio Direitos Humanos, categoria “Garantia dos Direitos das Pessoas com Deficiência”. Este Prêmio foi criado em 1995, concedido pelo governo federal, por meio da Secretaria de Direitos Humanos, a pessoas e organizações cujos trabalhos em prol dos Direitos Humanos fossem merecedores de reconhecimento e destaque por toda sociedade. O Prêmio Brasil Mais Inclusão, ofertado pela Câmara dos Deputados do Congresso Nacional Brasileiro, na categoria “Mérito Darci Ribeiro”, foi concedido a Sarah Couto em 2019. Esta premiação é uma homenagem anual a quem “tenha realizado ações em prol da inclusão de pessoas com deficiência ou sejam, elas próprias, exemplos de vida e superação”.
Publicações da autora:
CESAR, S. C. A situação atual da Deficiência Mental no Brasil. In: Revista Brasileira de Deficiência Mental, volume 8, nº 2, junho, 1972, pp. 41-47.
. Integração de educandos portadores de deficiências mentais, físicas, de visão e de audição, no sistema regular de ensino de 1º grau no município do Rio de Janeiro. 1978. 80p. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1978.
. DA CADEME ao CENESP – 13 anos de conquistas na Educação Especial no Brasil. In: Anais do I Congresso Brasileiro sobre a Experiência Antipoffiana na Educação. Belo Horizonte: Centro de Documentação e Pesquisa Helena Antipoff – CPDHA, 1992, pp. 46-47.
. Políticas Públicas. In: III Encontro Nacional do ConBraSD em 2008, 2008. Disponível em https://conbrasd.org/homenagem-sarahcouto.php. Acesso em 05 jul. 2021.
Referências:
BATISTA, Getsemane de Freitas. O Centro Nacional de Educação Especial e o atendimento aos “excepcionais”: antecedentes, atores e ações institucionais (1950-1979). 2019. 227f. Mestrado (Educação) –Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, 2019.
BRASIL. Relatório. Atividades desenvolvidas pelo Grupo Tarefa Educação Especial. Brasília: Ministério da Educação e Cultura, 1972.
_. Relatório de Atividades. Grupo-Tarefa Implantação do CENESP. Brasília: Ministério da Educação e Cultura, Secretaria Geral, Centro Nacional de Educação Especial, 1974.
PIRES, N. Educação Especial em foco. Rio de Janeiro: Centro Nacional de Pesquisas Educacionais, 1974, 162p.
AUTORES:
Márcia Denise Pletsch
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Getsemane de Freitas Batista
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Leila Lopes de Avila
Universidade do Grande Rio
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Sheila Venancia da Silva Vieira
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro